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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ao meu útero.

No ringir dos caninos, o ódio dos entes
queridos não, morridos! Agora morrentes.
- cretina.
O horror do tremor, o rancor do furor.
voz do trovão interior, a dor repentina.
Meu útero que me escolta,
tudo isso terá volta.

Ave Maria, cheia de empecilhos
Bendita és tu entre as mulheres.
E maldito é o fruto do vosso ventre
- eu.

Sístole e diástole no íntimo pulsante,
Apressa-se. Narcotizante
- sangue venoso
Enrubesce a face. De cólera (o tecido)
Um devaneio surreal, doloroso:
Fissão nuclear, o corpo é usina
Lágrima, contração e vitamina

Um Parto. palavreado nú
Vingança sim. Para ti,o meu eu crú.
- Culpo a sua cor.
Minha - vida, escolha, anseio, devaneio
apenas uma verdade, amor .
Cuspi no prato que comi, e daí?
Na fúria suprema e extrema caí

Eu de cores mil
os outros um completo vazio
- varonil
Arco-íris, fique à vontade.
Pouco me importa se não és tu a verdade,
O amor prevalece em detrimento da dor,
sagrado mistério do meu Senhor.

Santa Maria, minha mãe
Deixai em paz, nós os pecadores
Agora e na hora de nossa morte
-amém.

Autor: Rafael Pedroso

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