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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cio

Dos montes, o mais alto. Dos delírios o mais real.
Dos lugares, o mais belo. Dos instantes, o mais especial
Limite entre o céu e a terra, o profano e o sagrado;
Entre a prisão e a liberdade, a inocência e o pecado.

O topo da cidade, do prazer e do amor;
tocava-se as nuvens e movia-se as estrelas.
Sublime ao ponto de parecer um sonho
impalpável, improvável, impossível
- Mas de impetuosa verdade.

Pelo pára-brisa viam-se milhares de luzes
(do nosso ritual) velas a iluminar.
No poste via-se um casal de colibris
Insólitos cúmplices a presenciar.

Enquanto as luzes apagavam-se,
o desejo mútuo acendia-se;
Junto com o sol que erguia-se imponente,
ohares cruzavam-se (magnetismo crescente)

Acariciava meus sentidos:
- como a mais doce das palavras,
- como a mais gloriosa das vivências.
Dilatava-se em mim:
- como a mais sutil das plumas,
- como o mais cuidadoso intruso.

Sacudiam-me todas as formas de reagir
à dor desse prazer, às lagrimas desse gozo
Queria chorar, sorrir, queria gritar e
dizer:  - Eu escolhi você!

Autor: Rafael Pedroso
Ps: À P.E. o doce intruso.

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